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Encontros: Oses convida

Série Parque Casa do Governador

Encontros: Oses convida

sáb 05jul 18H

Parque Cultural Casa do Governador

Rua Santa Luzia - Praia da Costa, Vila Velha - ES, Brasil

Entrada gratuita

Comprar ingressos online

Artistas

Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo


Luccas Martins e Regional Capixaba


Luccas Martins, percussão, Fábio do Carmo, violão e Marcelo Coelho, saxofone

Helder Trefzger, regente

Programa

Ernesto Nazareth (Arranjo: Leonardo Cunha): Odeon

Ernesto Nazareth (Arranjo: Leonardo Cunha): Apanhei-te Cavaquinho

Pixinguinha (Arranjo: Eliseu e Elias Barros): Carinhoso

Luccas Martins: Vento e Areia

Luccas Marins: Acaiá

Luccas Marins: Choro da Manhã

Luccas Martins/Jader Finamore: Velha Mágoa

Luccas Martins: Passagem

Elias Belmiro: Gnattali Samba

Sobre o espetáculo

Formado por Luccas Martins (percussão e produção musical), Fábio do Carmo (violão) e Marcelo Coelho (saxofone), o Regional Capixaba é um grupo dedicado a tocar choros autorais e realizar releituras singulares do gênero. Com uma proposta artística que busca representar o choro produzido atualmente no Espírito Santo, o grupo tem se destacado no cenário musical. 


Odeon, escrito por Ernesto Nazareth em 1910, se tornou uma de suas músicas mais conhecidas - recebeu mais de 300 gravações. Posteriormente recebeu uma letra de Vinícius de Moraes e foi utilizada algumas vezes como tema de novelas. Apanhei-te, cavaquinho, também de Nazareth, foi publicado em 1914. O título faz referência a uma expressão da época, em que se pega alguém em flagrante. Os acordes da mão esquerda são executados à maneira de um cavaquinho e a direita imitaria uma flauta. É um dos maiores sucessos de Ernesto Nazareth, tendo recebido pelo menos 281 gravações até 2012, e 5 letras. Também foi gravado pelo próprio autor em 1930. Além disso, foi uma das 4 peças citadas por Darius Milhaud em seu balé Le boeuf sur le toit (O boi no telhado).


Alfredo da Rocha Vianna Filho, o eterno Pixinguinha, escreveu a música Carinhoso por volta de 1917 e ela se tornou a sua obra mais famosa, quase um segundo Hino Nacional Brasileiro, tendo recebido a letra de Braguinha. Aqui, ela será apresentada por uma orquestra de cordas e percussão, em um arranjo dos irmãos Eliseu e Elias Barros.


A música Vento e Areia foi gravada no álbum “Pomar”, de Luccas Martins e Tiago Gomes, com handpan e violoncelo como solistas. Ela será apresentada pela primeira vez no seu formato original de composição, um choro. Com nuances harmônicas que remetem à paisagens sonoras, Vento e Areia também traz momentos de improvisações em uma linguagem contemporânea do choro.


Também composta por Luccas Martins, Acaiá - Um Café para K-Ximbinho é um  maxixe que representa as raízes da formação musical de Luccas Martins: a banda de música tradicional com percussão e sopros, que sempre tocava dobrados, chegando até o choro e o maxixe brejeiro arranjado para bandas de coreto. Acaiá é um tipo de café e também o nome de um dos grupos de choro que Luccas Martins participou, que por sempre ensaiar altas horas da noite, os músicos chegavam e pediam um cafezinho para despertar. A composição traz uma citação de “Sonoroso” de K-Ximbinho, um dos grandes nomes do choro.


Choro da manhã, escrito por Luccas Martins é inspirado no frescor de uma manhã de domingo com céu azul, numa cidade de interior, Esse choro traz uma melodia leve, com a movimentação rítmica característica do estilo, privilegiando a articulação de instrumentos de sopro do naipe das madeiras, como a flauta e o saxofone. Há uma busca por essa solaridade matutina retratada musicalmente no uso prioritário de acordes maiores, mesmo quando há modulações harmônicas.


Passagem é uma homenagem ao grande trombonista, Zico Martins (João Guilherme Martins), que em um tempo próximo a sua passagem para o plano espiritual acordou e descreveu que viu em sonho um lugar lindo, muito tranquilo, iluminado, cheio de sombras de árvores… O compositor imaginou um momento bonito de passagem para esse lugar. Momento no qual acontecem constantes mudanças, descobertas, encantamento pelo novo, mas sempre em paz como que passou, receptivo e plenamente feliz ao que está sendo.”


Velha Mágoa é um choro tradicional, com andamento moderado-lento, daqueles que abrem a roda de choro. A música nasceu sob encomenda, após uma conversa num churrasco de família. Ao experimentarem uma cachaça artesanal de João Neiva/ES, o cavaquinista Jader Finamore (de João Pessoa) e Luccas Martins pensaram: “isso é nome de choro!”.


Gnatali Samba é um choro balançado e elegante, composto para violão pelo grande músico capixaba, Elias Belmiro (1968-2024). Além de exímio instrumentista, Elias Belmiro também era um grande compositor. Sua influência Villa-Lobiana não fugiu ao choro, que acompanhou o artista ao longo de sua carreira. Luccas Martins e Regional Capixaba foi o grupo criado especialmente para acompanhar Elias em sua última turnê, lançamento do disco Reencontro, que marcava a volta de Elias Belmiro aos palcos. O arranjo de Luccas Martins é uma homenagem a Elias Belmiro e uma forma de manter seu legado vivo, ao alcance dos ouvidos de um público novo.

Ficha Técnica

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