
Série Concertos Especiais
11° Festival
Cine.Ema
sáb 13set 18H
Reserva Ambiental Águia Branca
Alto Castelinho - Rua Eugênio Fassarela - Alto Castelinho, Vargem Alta - ES, Brazil
Entrada gratuita
Artistas
Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo
Katia Rocha, solista
Helder Trefzger, regente
Programa
Francisco Mignone: Dança do Chico Rei e da Rainha N’Ginga
Moderato
Fructuoso Vianna: Dança de Negros
Vivo
Arturo Márquez: Danzón n.º 2
Danzón
Chiquinha Gonzaga: Forrobodó (Não se impressione), arr. Vinícius Louzada
Maxixe
Vinicius de Moraes e Tom Jobim: Eu Sei Que Vou Te Amar
Vinicius de Moraes e Carlos Lyra: Minha Namorada
Vinicius de Moraes e Baden Powell: Pra Que Chorar
Sobre o espetáculo
Dança do Chico Rei e da Rainha N’Ginga faz parte do bailado O Maracatú do Chico Rei, escrito em 1933 pelo compositor brasileiro Francisco Mignone (1897-1986). A obra conta a história de um rei africano que foi escravizado no Brasil e que, pouco a pouco, consegue a liberdade dos seus companheiros.
Fructuoso Vianna (1896-1976), compositor, pianista, regente e professor brasileiro, foi um dos protagonistas do movimento nacionalista dentro da música brasileira, ao lado de colegas como Guarnieri, Mignone, Sousa Lima e Villa-Lobos. A sua Dança de Negros foi escrita para piano em 1924 e, posteriormente, recebeu uma orquestração de Francisco Mignone.
O compositor mexicano Arturo Márquez (1950) é conhecido por trazer melodias e ritmos do seu país para as suas composições. Danzón n.º 2 foi composta em 1994. Segundo o compositor, “a ideia de escrever o Danzón No. 2 surgiu em 1993 durante uma viagem a Malinalco e viagens posteriores a Veracruz, além de visitas ao Colonia Salón, na Cidade do México. A partir dessas experiências, comecei a aprender os ritmos do danzón, sua forma, seu contorno melódico e a ouvir as gravações antigas de Acerina e sua Orquestra Danzonera. Fiquei fascinado e comecei a entender que a aparente leveza do danzón é apenas como um cartão de visita para um tipo de música cheia de sensualidade e seriedade qualitativa, um gênero que os antigos mexicanos continuam a dançar com um toque de nostalgia e uma fuga jubilosa em direção ao seu próprio mundo emocional”.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, a Chiquinha Gonzaga (1847-1935) enfrentou todos os obstáculos e preconceitos da sociedade patriarcal e escravista para se firmar como pianista, compositora, regente e uma das maiores personalidades femininas da história da música brasileira. Foi ainda uma das expressões maiores na luta pelas liberdades no país. Sua obra é estimada em trezentas composições, incluindo partituras para dezenas de peças teatrais. A música Não se impressione, foi composta em 1911 para a Burleta de Costumes Cariocas em 3 atos Forrobodó. Essa foi a música de maior sucesso da peça, também conhecida como Forrobodó de maçada, Tango do guarda-noturno e/ou Não se impressione.
Vinicius de Moraes fez muitas parcerias de sucesso. No clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, de 1958, a parceria foi feita com o maestro Tom Jobim (1927-1994). Intensa, a música fala do amor incondicional, que será preservado aconteça o que acontecer, e aborda ainda a dor da saudade e a angústia da separação.
Com o compositor Carlos Lyra (1933-2023), Vinícius escreveu a canção Minha Namorada, para a sua quinta esposa, Nelita de Abreu. A canção trata do amor romântico, intenso e para a vida toda. Em 1962, Vinicius de Moraes e Baden Powell escreveram, em parceria, a música Pra que chorar. Naquele momento Vinícius estava internado na Clínica São Vicente para desintoxicação, e ouviu ao lado de seu quarto um choro. Daí surgiu a letra que foi musicada posteriormente pelo genial Baden Powell.
Katia Rocha é cantora, compositora e instrumentista com mais de quatro décadas de estrada. Sua relação com a música é fortemente marcada pela cultura capixaba, lugar onde nasceu, cresceu e vive. Com cinco álbuns lançados – o mais recente, um EP dedicado a Milton Nascimento. Entre a MPB, o samba e o jazz, Katia Rocha defende o improviso, a liberdade de palco e a ginga como componentes centrais de uma interpretação criativa e temperada pela linguagem jazzística.