08/02, às 20h
Série Quinta Clássica
Orquestra Sinfônica do Espírito Santo - OSES
Erika Ribeiro, piano
Helder Trefzger, regente
Catarina Domenici: Abertura Anita Garibaldi
Maurice Ravel: Concerto em Sol
Antonin Dvorak: Sinfonia n.º9, "Do Novo Mundo"
Sobre a apresentação
A Abertura da ópera Anita Garibaldi foi escrita pela compositora paulista Catarina Domenici (1965) em 2021, em homenagem ao bicentenário de nascimento de Anita Garibaldi. Trata-se de uma pocket ópera, com uma visão feminista da vida da revolucionária. Nas palavras da autora, “já lá na primeira metade do século XIX, Anita Garibaldi já sabia que lugar de mulher é onde ela quiser”. A obra contém elementos da ária da morte de Anita e faz referência à canção Bella Ciao, que foi o hino de resistência aos fascistas na Itália.
Ao escrever o Concerto em Sol, Maurice Ravel (1875-1937), segundo ele próprio, se apoiou em dois modelos: Mozart, em relação à forma, e Saint-Saëns, pelo destaque dado ao efeito sonoro. Ravel utiliza a orquestra em toda a sua plenitude, o que confere a ela um brilhantismo que se equipara ao virtuosismo do pianista solista. Isso transparece na leveza da peça. Destaque para o segundo movimento, Adagio assai, inspirado no Quinteto com clarinete, de Mozart, que apresenta uma melodia de uma serenidade marcante.
Estreada no Carnegie Hall de Nova York, em 1893, a Sinfonia do Novo Mundo, de Antonin Dvorak (1841-1904), foi escrita durante a estada do compositor nos Estados Unidos. Nela o compositor emprega, de acordo com a sua visão, elementos da música americana e dos spirituals, aliados às suas fontes de inspiração da sua terra natal, a Boêmia, construindo assim uma obra que emprega linguagens e inspirações distintas — a sinfonia é tão eslava quanto americana, tanto do velho como do novo mundo.
Helder Trefzger atua há mais de trinta anos como maestro titular da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo. Estudou na UFRJ, na UFMG e na UnB e teve aulas complementares com professores do Conservatório de Moscou, Manhattan School of Music e Arts Academy - Istituzione Sinfonica di Roma. É Mestre em Música (Regência – Práticas Interpretativas) e Bacharel em Música – Regência. Já dirigiu, como maestro convidado, algumas das principais orquestras brasileiras e várias orquestras do exterior, em países como Itália, Portugal, Polônia, México, Chile, etc.
Pianista indicada ao Grammy Latino de 2022, Erika Ribeiro é uma das musicistas mais atuantes no cenário musical brasileiro. Sua musicalidade singular e grande versatilidade levam-na a combinar em sua carreira diversos estilos pianísticos, os quais aborda tanto em sua maneira de tocar quanto nos repertórios que interpreta. Vencedora de dez concursos nacionais de piano, entre eles o III Concurso Nelson Freire, e premiada em mais de vinte, Erika tem se apresentado como solista e camerista nas principais salas de concerto do país, onde realiza com frequência parcerias ao lado de destacados músicos.