14/08, às 20h
Série Quarta Clássica
Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo - Oses
Knut Andreas, regente
Flávio Regis: Abertura Trágica
Sergei Prokofiev: Abertura sobre temas hebreus, Op. 34
Un poco allegro
Pyotr Ilyich Tchaikovsky: Sinfonia n.º 4, em fá menor, Op. 36
Andante sostenuto - Moderato con anima
Andantino in modo di canzona
Scherzo. Pizzicato ostinato. Allegro
Finale. Allegro con fuoco
Sobre a apresentação
O maestro Knut Andreas atua nos palcos europeus e brasileiros. Em 2022, o maestro alemão passou a atuar na Orquestra Sinfônica de Piracicaba como regente titular e diretor artístico. Já foi diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Collegium Musicum Potsdam (OSCMP) e regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem de Berlim. Estudou pedagogia musical, musicologia, regência e fagote nas Universidade de Potsdam, Leipzig e Munique. Seus mentores em regência incluem Ronald Reuter, Werner Andreas Albert e Dorian Wilson, um dos últimos alunos do Leonard Bernstein.
Maestro, compositor e pianista, Flávio Régis Cunha (1979) escreveu a sua Abertura Trágica em 2016, segundo ele mesmo, sob a influência de compositores os quais ele admira, como Brahms, Ravel, Bach e Philip Glass. À exemplo da obra homônima de Brahms, a peça traz uma carga emocional intensa, carregada de cores fortes e dotada de uma estrutura densa.
Em 1919 o compositor russo Sergei Prokofiev (1891-1953) estava nos Estados Unidos, quando recebeu a visita de ex-colegas do Conservatório de São Petersburgo que haviam formado um conjunto de câmera chamado Zimro (“canto”, em hebraico) e estavam em turnê para arrecadar fundos para uma escola de música em Jerusalém. A Abertura sobre Temas Hebraicos foi escrita em dois dias, a partir de um caderno com várias melodias judaicas tradicionais, presenteado por eles ao compositor.
A Sinfonia n.º 4, em fá menor, foi escrita por Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) entre 1877-1878, um período conturbado na vida do compositor, e era considerada por ele como uma de suas melhores obras. Em carta à sua patronesse Nadezhda von Meck, o compositor fala sobre a sinfonia: “A essência é o Destino: uma força que assegura que não pode haver felicidade sem nuvens. O destino nos acorda. A vida é uma alternância da dura realidade com visões fugitivas de felicidade. Não há refúgio.”
Após uma introdução feita por trompas e fagotes, seguidos pelos metais, o primeiro tema é apresentado pelas cordas, num ritmo que lembra a valsa. O segundo movimento é baseado em uma canção russa, de caráter mais melancólico. O terceiro movimento, Scherzo, é tocado pelas cordas em pizzicatos, mas na parte central destacam-se as madeiras e depois os metais. O movimento final é grandioso, com um primeiro tema vivo e brilhante e um segundo tema mais tranquilo. A sinfonia termina de forma imponente.