12/09, às 20h
Série Quinta Clássica
Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo - Oses
Ligia Amadio, regente
Eva Irene Lopszyc: Háblame de Dios… y el Almendro floreció
Tranquilamente
Sergei Rachmaninov: Sinfonia .º 2, Op. 27
Largo - Allegro moderato
Allegro molto
Adagio
Allegro vivace
Sobre a apresentação
Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes latino-americanas da atualidade. Sua atuação estende-se por América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios recebidos, pode-se destacar: Concurso Internacional de Tóquio, II Concurso Latino-Americano no Chile, APCA, Prêmio Carlos Gomes, Ordem de Rio Branco e Prêmio Alumni USP. Atuou como regente titular de importantes orquestras no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no Uruguai. Em 2023, assumiu a direção da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Liderou e realizou 4 Simpósios Internacionais de Mulheres Regentes, que lhe valeram a final do Prêmio 2019 Classical: NEXT Innovation Award, em Rotterdam. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. É graduada na POLI-USP e na UNICAMP, Mestre pela UNICAMP, e Doutora pela UNESP. Sua formação incluiu os mais importantes cursos internacionais na Áustria, Holanda, Hungria, Itália, R.Tcheca, Rússia e Venezuela.
Eva Irene Lopszyc (1956), compositora e maestra argentina cuja obra engloba variados gêneros, como peças para solistas, música de câmera, música orquestral, ópera de câmera etc., estreadas por destacados músicos tanto da Argentina como de vários países americanos e europeus. Atua também nos Fóruns de Compositoras Argentinas e nos Simpósios Internacionais de Mulheres Regentes. Sua obra Háblame de Dios…y el Almendro floreció foi estreada em março de 2021 pela maestra Nathalie Marin (a quem a peça é dedicada) junto à Camerata Pacari, em Lima, Perú. É inspirada no episódio no qual São Francisco de Assis teria dito a uma amendoeira a frase “Irmã, fale-me de Deus” e que, logo depois, a amendoeira teria florescido. As flores da amendoeira significam o amor que tudo supera. A obra representa uma visão do milagre da natureza que se supera a cada gesto e nos brinda com o milagre luminoso de seu florescimento.
Sergei Rachmaninov (1873-1943) foi um compositor, maestro e pianista russo. A sua Sinfonia n.º 2 foi composta entre 1906 e 1907, um dos períodos mais criativos de Rachmaninov, quando mudou-se para Dresden a fim de ter tranquilidade para compor. É uma obra de grandes proporções, com referências a Tchaikovsky, principalmente ao final do primeiro movimento, e que mantém o princípio cíclico - um mesmo tema perpassando os movimentos. Escrita em quatro movimentos, ela segue o formato padrão das sinfonias românticas. Inicia-se com um Largo introdutório que estabelece o motivo principal do primeiro movimento. Este motivo é retomado e explorado a seguir, no Allegro moderato em forma de sonata. No desenvolvimento, um violino solo toca melancolicamente sobre um acompanhamento orquestral murmurante. O segundo movimento se assemelha à forma de um scherzo, apesar de utilizar uma métrica dupla ao invés da métrica tripla, normalmente utilizada em scherzos. A parte da trompa apresenta uma versão alterada do canto Dies Irae que Rachmaninoff utilizou em inúmeras obras. O Adagio a seguir mostra a veia melódica inspirada, característica de Rachmaninov, com a sua abertura arrebatadora nas cordas e a longa melodia cantada a seguir pelo clarinete. O Dies Irae regressa como base para o desenvolvimento deste movimento. O movimento final rejeita as implicações trágicas do tom menor da sinfonia, fechando a obra em um mi maior triunfante.